Claudio Sassaki, 30 anos, se formou em Arquitetura e Urbanismo na USP. Trabalhou por dois anos com consultoria na área e depois foi para Stanford, nos Estados Unidos, fazer o chamado joint degree – em que o aluno cursa paralelamente um MBA e um mestrado em Educação. Após terminar o curso, passou cinco anos morando em Nova York e trabalhando em instituições financeiras. Voltou para o Brasil em 2007, já como vice-presidente do banco de investimentos Credit Suisse, depois assumiu o mesmo cargo no Goldman Sachs, sendo ainda diretor financeiro da empresa Petra Energia.
Alessandra Orofino, 24 anos, estudou Economia na Columbia University, em Nova York. A convite do governo francês, também teve a chance de frequentar aulas de ciência política da Sciences Po, em Paris – uma das escolas mais prestigiadas do mundo, que formou muitos dos presidentes da França.
A formação desses dois jovens daria a eles plenas condições para concorrer a qualquer vaga trainee nas empresas mais prestigiadas do mundo, e de construir uma promissora carreira em multinacionais. Mas a perspectiva de bônus financeiro e de status da vida executiva não os seduziu – para eles, era preciso construir uma carreira com propósito, que efetivamente transformasse o ambiente social do país. Com esse pensamento em mente, Alessandra e Claudio começaram negócios inovadores, cuja visão era mudar vidas e promover liberdade para milhões de brasileiros de baixa renda.
O negócio iniciado por Claudio Sassaki foi a Geekie – a primeira plataforma de educação adaptativa do Brasil. Junto com o seu sócio, Eduardo Bontempo, MBA em Educação pelo MIT, e com outros 15 engenheiros formados pelo ITA, concebeu um software que personaliza planos de estudos de acordo com o perfil do aluno para obter os melhores resultados na prova do ENEM, atual porta de entrada para as melhores universidades do Brasil. Até hoje, a plataforma foi adotada por 32 escolas particulares e, a cada cota vendida a uma dessas escolas, uma escola pública recebe uma doação de uma cota Geekie, o que tornou o modelo não só financeiramente viável, mas possibilitou que ele atingisse todos os estados brasileiros, 90% dos municípios e mais de 3 milhões de alunos, sendo 80% de escola pública.
Já o negócio iniciado pela Alessandra foi a Purpose Brasil – incubadora e aceleradora de novas organizações e projetos de mobilização de massa. Fundada em 2011 a partir de uma parceria entre a Alessandra e Jeremy Heimans, fundador da ONG australiana Get Up!, a Purpose incuba negócios sociais e também oferece consultoria em gestão para os mesmos. No Brasil, a Purpose tem três empreendimentos em seu portfólio e dá preferência a projetos focados na mobilização de grandes grupos de pessoas, tais como o projeto “Let’s do it!”, que mobiliza multidões para a limpeza de metrópoles em todo o mundo.
O que esses negócios têm em comum? A inspiração no modelo de negócios criado por Muhammed Yunus: negócios de impacto social, empresas (e, portanto, negócios com rentabilidade e escalabilidade) cuja a atividade principal – ou core business – está ligada à resolução de problemas sociais enfrentados pela população de baixa renda. Que se diferem de ONGs por terem fins lucrativos, e da responsabilidade sócio empresarial porque gerar impacto é a atividade principal da empresa. São negócios que, para tornar a venda de seu produto ou serviço acessível até para as pessoas mais pobres do planeta, tem de utilizar tecnologia e otimização de processos massivamente a fim de tornar sua base de custos a mais enxuta possível, o que exige uma mentalidade avançada em gestão.
Essa nova geração de empreendedores entende como impacto mais do que a rentabilidade de seus negócios, mas o potencial deles de construir um país de iguais oportunidades para todos. Trata-se de uma geração de empreendedores com causa. Além da boa formação e de serem jovens ambiciosos, seu denominador comum é a vontade de melhorar a sociedade em que vivem. E, por isso, são denominados Geração, uma vez que acreditam que é possível associar a rentabilidade do negócio com seu potencial de alto impacto social, e não que é preciso escolher entre uma coisa e outra.
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